quinta-feira, 25 de outubro de 2007

O Novo Guns É Muito Bom! Parte II

Axl Rose
Olá amigos, como vão?
Vamos dar sequëncia ao post a respeito da nova fase do Guns N Roses.

O show de retorno do Guns para o mundo foi no Rio de Janeiro e foi um desastre. Mas, apenas hoje em 2007 eu falo que foi um desastre. Acompanhei o show ao vivo pela televisão na época e eu estava achando um máximo Axl de volta, ainda que sem Slash, Dave, Matt e Gilby. Mas hoje, olho pra trás e vejo a ruindade que foi a apresentação da nova formação da banda.

Não falo pela execução das músicas, já que os músicos eram muito bons, mas tinha algo estranho ali, a começar pela voz e o visual de Axl Rose. O ótimo vocalista, dono de uma potência incrível e de uma presença de palco fulminante, ficou anos sem cantar e ficando fora dos palcos, ele ganhou uma forma de almôndega. Sua voz estava desgastada por não praticar e ele não fez uma ótima apresentação, mas valeu por ter colocado a banda de volta aos palcos.

Logo na terceira música, It´s So Easy, alguém na platéia estava com alguma camiseta que o vocalista não gostou e mandou um segurança botar o cara dali pra fora e pediu a camiseta que foi jogada no palco. Pelo menos Axl estava de volta, dando xilique em cima do palco, como sempre fez.

Mas a formação não me agradou, a começar pelo time de guitarristas: O guitarrista base, Paul Tobias era muito sem sal e sem presença de palco nenhuma, mas Axl (que falou muito durante o show todo) defendia o cara com unhas e dentes, dizendo que se não fosse por Paul, não haveria Guns naquela noite.

O guitarrista Robin Finck, encarregado da metade dos solos é bem esquisitão, mas logo foi explicado o motivo: ele, na época tocava numa banda de metal industrial muito famosa chamada Nine Inch Nails, portanto exigia dele um visual bem gótico e andrógino, fazendo com que Robin parecesse Edward Mãos de Tesoura. Mas Robin ganhou a platéia quando preparou um número especial para nós brasileiros. Falando em português sofrível ele disse: "E aí galera do Brasil! Beleza? Eu aprendi uma música e espero que vocês gostem" e sendo assim, Robin sozinho no palco cantou e tocou guitarra na música Sossego de Tim Maia! Pronto, o cara já se sentia em casa.

O outro guitarrista, responsável pela outra metade dos solos, não me agradou de jeito nenhum. Naquela época ninguém sabia seu nome, mas ele era conhecido apenas como Buckethead e usava uma calça azul, uma capa de chuva aparela, uma máscara com luz no lugar dos olhos e na cabeça usava um pote daqueles frangos fritos vendidos nos EUA. Mas apesar de tocar absurdamente bem, a performance de palco de Buckethead era como se ele se movesse como um robô, o que foi ridículo e seu momento solo no palco foi recheado por solos técnicos de guitarra e uma apresentação de artes marciais (???).

Tommy Stinson

O baixista Tommy Stinson, na minha opinião, não tem nada de diferente. Não fede, nem cheira e ele se parece e se veste como o baixista do Green Day. Tommy Adora usar regata com suspensórios, ou algum terno xadrez descolado.

Chris Pitman é outro sujeito esquisito. O segundo tecladista é responsável por certas batidas eletrônicas das novas músicas, nada mais que isso, só alguém pra encher o palco.

Brian "Brain" Mantia
Brian Mantia não trouxe nada de novo pra sua bateria e na minha opinião ele não é baterista pra banda, embora ele execute as músicas com maestria, mas alguém com mas gabarito deveria estar em seu lugar.

De 2001 pra cá a formação foi mudando, e pra melhor, muito melhor! Graças aos deuses, Buckethead, Paul Tobias abandonaram a banda e respectivamente entraram em seus lugares Ron "Bumblefoot" Thal e Richard Fortus, que entrou logo em 2002 na banda.

Richard Fortus

Richard tem uma presença de palco impressionante e também tem dividido os solos de guitarras quando as músicas possuem mais de dois solos. A única coisa que eu não gosto (mas isso é particular) é que Richard esmurra as Gibsons que toca. Ele toca muito forte e eu fico com dó das guitarras que ele usa.


Ron "Bumblefoot" Thal

A nova adição do Guns, o guitarrista Ron Thal, foi indicação do mestre Joe Satriani e Ron, foi uma peça peculiar e interessante pro Guns, uma vez que ele não vem da mesma "escola" que o estilo está acostumado, pois no Hard Rock temos Keith Richards, Jimmy Page, Joe Perry, Slash que costumam empunhar a guitarra de uma maneira mais baixa e quase nunca usam o dedo mindinho na hora de solar. Os solos são mais instintivos do que planejados e com Ron a coisa muda. Ele é um guitarristas muito técnico, usa a guitarra mais alta e gosta de abusar de todos seus dedos, two hands, entre outras coisas e ele também gosta de "fritar" um pouco também. Gostei, mas foi difícil de me acostumar.

Robin Finck

Os últimos dois anos foram bem agitados pra banda, pois eles têm tocado pelo mundo, em festivais, shows próprios entre outras coisas e como a prática leva à perfeição, digo de peito cheio que agora sim a banda está de volta, com uma formação estabilizada e acima de tudo entrosada e Axl desistiu de seu visual dos anos 80 e partiu pra algo mais moderno sem deixar a veia Hard Rock de lado, e sua voz, está 85% de volta e a banda DETONA ao vivo, mas Axl continua chato demais, quando alguém joga alguma coisa no palco. Ele para o show, não importa se a música está no meio, e xinga quem jogou o artefato e as vezes dependendo de seu humor, o show acaba mais cedo.

E aqui cabe uma ressalva: como Robin Finck não toca mais no Nine Inch Nails, ele abandonou seu visual andrógino e hoje toca como um bom guitarrista de Hard faz!.

Só falta a banda lançar o cd novo, que infelizmente tá demorando demais, mas isso é um novo assunto pra um futuro post.

Fiquem em paz

Dave

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Kiefer Sutherland: Um Bom e Mal Exemplo de Viver a Vida

Kiefer junto com a Gibson Sutherland

Kiefer Sutherland nasceu em Londres no ano de 1966. Filho do clássico ator Donald Sutherland, Kiefer estreiou nos cinemas em 1983, mas atingiu sucesso somente em 1987 com o clássico Os Garotos Perdidos (The Lost Boys). Quem era adolescente nessa época com certeza assistiu e gostou muito desse filme de vampiros e hoje, todo mundo que é gótico, vampiro e etc tem esse filme como referência. Um filme simples, com uma história simples, mas eficiente.

Kiefer como o Vampiro David em The Lost Boys

Mas, nem com o sucesso do filme a carreira de Kiefer decolou, e alguns anos mais velho e aproximadamente 30 filmes nas costas, Kiefer Sutherland passa a ser um desconhecido com esse nome, e se torna Jack Bauer, um perturbado agente federal, inteligente, violento e furioso.

Kiefer como o agente Jack Bauer

O seriado 24 Horas reinou por muito tempo nas Tv´s das casas americanas e em casas do mundo inteiro. Com um formato inédito, que acontece praticamente em tempo real, uma temporada de 24 episódios corresponde a um dia na vida do agente, portanto, cada minuto do seriado é realmente um minuto que se passa. Em 6 dias (6 temporadas), Jack Bauer mata muita gente, e sofre também, fazendo com quê seja considerado um herói ou um anti-herói nas telas, personagem este que ganhou alguns Globos de Ouro e Emmys.

Atualmente o seriado está em baixa nos EUA, devido à forte concorrência com Heroes e também, devido a certas polêmicas a respeito da violência apresentada no seriado, uma vez que o governo americano tem caído em cima do seriado, afirmando que Jack Bauer em incentivado a violência dos soldados americanos na guerra do Iraque.

Mas o real significado desse post, é a vida de Kierfer Sutherland, que no decorrer dos anos é marcada por certas polêmicas, ainda mais quando tem bebida no meio. Esse seria o lado negro do ator, que também possui um lado bom, e muito descontraído e engraçado.

Kiefer tem a guitarra como amiga e assim como Zeca Pagodinho só bebe Brahma, Kiefer só toca com guitarras Gibson. Ele gosta tanto das Gibsons que hoje em sua casa, ele possui mais de 60 guitarras da marca, entre modelos diversos e violões. E sua relação com a Gibson é tão intensa, que a marca pediu seu sobrenome emprestado para ilustrar um de seus modelos. Agora vc já sabe de onde vem as guitarras Gibson Sutherland.

Enquanto Kiefer, não está atuando, ou tocando guitarra, ele ainda tem tempo de empresariar uma banda chamada Rocco DeLuca & The Burden e tudo isso está documentado no DVD I Trust You To Kill Me, que mostra o dia-a-dia da primeira tour européia do artista Rocco DeLuca e sua banda The Burden.

Se você pensa que só porque Kiefer é milionário que ele tem que fazer sua banda tocar em grandes arenas, vc está muito enganado. No DVD, você perceberá que músico rico também sofre e muito e dá pra perceber que as coisas não são tão diferentes assim como no Brasil.

Chegando pra tocar em Londres (o primeiro show da tour), Rocco DeLuca & The Burden tocam em um PUB para um público londrino frio e sem graça, deixando os músicos muito desanimados, mas pelo menos a casa estava cheia. Ao voltar pro hotel após o show, Kiefer, a banda e os amigos resolvem comemorar o primeiro show feito em terras européias. Vale destacar aqui que já era final de dezembro, próximo ao natal e bebida vai, bebida vem, Kiefer completamente bêbado se joga numa árvore de natal do hotel daquelas decoradas até o teto.

E é isso que deixa o DVD tão interessante, uma vez que é possível ver o ator como ele mesmo, sem encenação, e o vídeo mostra que trata de uma pessoa bem estabanada, pois sempre que a banda vai trocar de hotel, Kiefer perde alguma coisa, seja sua carteira, seja seu celular, algo sempre fica pra trás.

A banda passa por algumas furadas, exemplo de quando eles vão tocar, acho que na Escócia, quando todos chegam ao Pub pra descarregar os instrumentos e os donos do Pub ainda não abriram a casa para a banda. Eles ficam lá fora morrendo de frio, mas com algum atraso conseguem entrar. Lá dentro, a banda vê o flyer do show e percebe que duas bandas tocariam naquela noite, algo que não estava previsto, mas logo mais tarde, descobrem que Kiefer ao ligar para marcar o show, disse que era pra banda Rocco DeLuca e que eles precisavam de apenas um hotel barato, então o flyer anunciava que tocariam naquela noite Rocco DeLuca & Hotel Barato (obviamente em inglês). Coisas ínfimas que toda banda que se preste já viveu algo parecido.

Mas o melhor ainda estava por vir, e é aí que entra o grande empresário chamado Kiefer Sutherland. O show da banda, marcado para a noite, aproximadamente umas 22 horas, só tinha apenas 2 ingressos vendidos até umas 20 horas e, no desespero, Kiefer COMPRA todos os ingressos e sai pelas ruas oferecendo um ingresso do show para grupos que estão em bares e etc. Hilário, mas funcionou. Disparado o melhor show da banda, com o espaço lotado e a platéia animada! Não deve ter nada melhor do que curtir uma banda num Pub europeu, de graça, e ainda por cima tomando uma com o Kiefer Sutherland.

Capa do DVD Documentário I Trust You To Kill Me

A tour passou pelo Natal e a banda tocou ainda num Pub na noite de ano novo.

Pra quem quer conhecer, Rocco DeLuca tem somente um cd e faz um som muito agradável com blues, percussão e um toque característico de melancolia que não te deixa pra baixo e sobre o DVD I Trust You To Kill Me, acho que não foi lançado no Brasil, mas dá pra achar cópias legendadas através de downloads na internet. Muito bom!

Músico sofre,

Mas Kiefer continua alegre, falando merda, enchendo a lata e pagando vexame, como qualquer ser humano!

Fiquem em paz e Carpe Diem, baby

David

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

O Buraco Negro

http://www.graphicartgallery.com.au/GAG_MO_Escaping_the_Black_Hole.html


Com uma incrível vontade de escrever um dia desses, leiam este texto criado por mim.

Tenho pensado, calado, atormentado, conflitando com meus próprios pensamentos, minhas próprias idéias. Idéias profundas, idéias superficiais, atenuantes, mas mesmo assim, ainda conflitantes.Conflitos! Conflitos de interesses, de pensamentos. Conflitos, apenas conflitos.

E, por fora, sou apenas um homem, mas por dentro, posso ser e sou milhões. Sou quem eu quero, me transformo em quem quiser. Posso ver tudo, te conquistar, ter o que quiser. Ao acordar, o quê vestir? Azul, amarelo, vermelho, preto? Preciso escolher quem serei. Leite ou café? Vegetariano, carnívoro? Canhoto, destro? Sou melhor numa coisa, pior em outra. Simplesmente auto conhecimento...Ou conflitos, de novo?

Eu me conheço? Com certeza, não. Ainda não. Eu conheço você, conheço todos. Conheço seus pais, seus amigos. Já te vi, já ouvi sua voz. Mas e eu? Sou vazio por fora. Grito, mas não me ouço, choro, mas não vejo lágrimas. Nem as sinto.

Sou multifacetado. Sou um mágico, tenho poder. Posso fazer chover e posso te fazer chorar. Faço o céu se abrir, bem como te fazer sorrir. Não, não ache que isso é um poema. São apenas vontades, rabiscos vindos de minha cabeça.

Ao nascer, ganhei este dom e tenho que usá-los, assim como vocês e tento aprender a usá-los. Mas como? Não sou eu o todo poderoso? Não consigo tudo? Quisera eu que fosse mentira, pois seria bom pra vocês.

De uns dias pra cá, não consigo fazer acontecer, estou muito grande, ficando pesado, me alimentando demais. Meus poderes, cada dia mais lentos, mais fracos. Ao menos, quase estacionado, já tenho quase tudo. Pelo menos já posso dizer que fui herói, mas atuei muito mais como vilão. Tenho me tornado híbrido. Perdi meu controle, mas não perdi meu equilíbrio.

Vagando por aí tenho absorvido atmosferas, pensamentos, bondade e maldade. Absorvo tecnologias, conhecimentos inigualáveis, mas também absorvo radiação, absorvo a humanidade. Absorvo você.

Sendo assim, eu seria o mais poderoso desse universo, e não algo vazio, onde nem o ar existe.

Não se você for um buraco negro.


Fiquem em paz...

David