Axl Rose
Olá amigos, como vão?
Vamos dar sequëncia ao post a respeito da nova fase do Guns N Roses.
O show de retorno do Guns para o mundo foi no Rio de Janeiro e foi um desastre. Mas, apenas hoje em 2007 eu falo que foi um desastre. Acompanhei o show ao vivo pela televisão na época e eu estava achando um máximo Axl de volta, ainda que sem Slash, Dave, Matt e Gilby. Mas hoje, olho pra trás e vejo a ruindade que foi a apresentação da nova formação da banda.
Não falo pela execução das músicas, já que os músicos eram muito bons, mas tinha algo estranho ali, a começar pela voz e o visual de Axl Rose. O ótimo vocalista, dono de uma potência incrível e de uma presença de palco fulminante, ficou anos sem cantar e ficando fora dos palcos, ele ganhou uma forma de almôndega. Sua voz estava desgastada por não praticar e ele não fez uma ótima apresentação, mas valeu por ter colocado a banda de volta aos palcos.
Logo na terceira música, It´s So Easy, alguém na platéia estava com alguma camiseta que o vocalista não gostou e mandou um segurança botar o cara dali pra fora e pediu a camiseta que foi jogada no palco. Pelo menos Axl estava de volta, dando xilique em cima do palco, como sempre fez.
Mas a formação não me agradou, a começar pelo time de guitarristas: O guitarrista base, Paul Tobias era muito sem sal e sem presença de palco nenhuma, mas Axl (que falou muito durante o show todo) defendia o cara com unhas e dentes, dizendo que se não fosse por Paul, não haveria Guns naquela noite.
O guitarrista Robin Finck, encarregado da metade dos solos é bem esquisitão, mas logo foi explicado o motivo: ele, na época tocava numa banda de metal industrial muito famosa chamada Nine Inch Nails, portanto exigia dele um visual bem gótico e andrógino, fazendo com que Robin parecesse Edward Mãos de Tesoura. Mas Robin ganhou a platéia quando preparou um número especial para nós brasileiros. Falando em português sofrível ele disse: "E aí galera do Brasil! Beleza? Eu aprendi uma música e espero que vocês gostem" e sendo assim, Robin sozinho no palco cantou e tocou guitarra na música Sossego de Tim Maia! Pronto, o cara já se sentia em casa.
O outro guitarrista, responsável pela outra metade dos solos, não me agradou de jeito nenhum. Naquela época ninguém sabia seu nome, mas ele era conhecido apenas como Buckethead e usava uma calça azul, uma capa de chuva aparela, uma máscara com luz no lugar dos olhos e na cabeça usava um pote daqueles frangos fritos vendidos nos EUA. Mas apesar de tocar absurdamente bem, a performance de palco de Buckethead era como se ele se movesse como um robô, o que foi ridículo e seu momento solo no palco foi recheado por solos técnicos de guitarra e uma apresentação de artes marciais (???).
Tommy Stinson
O baixista Tommy Stinson, na minha opinião, não tem nada de diferente. Não fede, nem cheira e ele se parece e se veste como o baixista do Green Day. Tommy Adora usar regata com suspensórios, ou algum terno xadrez descolado.
Chris Pitman é outro sujeito esquisito. O segundo tecladista é responsável por certas batidas eletrônicas das novas músicas, nada mais que isso, só alguém pra encher o palco.
Brian "Brain" Mantia
Brian Mantia não trouxe nada de novo pra sua bateria e na minha opinião ele não é baterista pra banda, embora ele execute as músicas com maestria, mas alguém com mas gabarito deveria estar em seu lugar.
De 2001 pra cá a formação foi mudando, e pra melhor, muito melhor! Graças aos deuses, Buckethead, Paul Tobias abandonaram a banda e respectivamente entraram em seus lugares Ron "Bumblefoot" Thal e Richard Fortus, que entrou logo em 2002 na banda.
Richard Fortus
Richard tem uma presença de palco impressionante e também tem dividido os solos de guitarras quando as músicas possuem mais de dois solos. A única coisa que eu não gosto (mas isso é particular) é que Richard esmurra as Gibsons que toca. Ele toca muito forte e eu fico com dó das guitarras que ele usa.
Ron "Bumblefoot" Thal
A nova adição do Guns, o guitarrista Ron Thal, foi indicação do mestre Joe Satriani e Ron, foi uma peça peculiar e interessante pro Guns, uma vez que ele não vem da mesma "escola" que o estilo está acostumado, pois no Hard Rock temos Keith Richards, Jimmy Page, Joe Perry, Slash que costumam empunhar a guitarra de uma maneira mais baixa e quase nunca usam o dedo mindinho na hora de solar. Os solos são mais instintivos do que planejados e com Ron a coisa muda. Ele é um guitarristas muito técnico, usa a guitarra mais alta e gosta de abusar de todos seus dedos, two hands, entre outras coisas e ele também gosta de "fritar" um pouco também. Gostei, mas foi difícil de me acostumar.
Robin Finck
Os últimos dois anos foram bem agitados pra banda, pois eles têm tocado pelo mundo, em festivais, shows próprios entre outras coisas e como a prática leva à perfeição, digo de peito cheio que agora sim a banda está de volta, com uma formação estabilizada e acima de tudo entrosada e Axl desistiu de seu visual dos anos 80 e partiu pra algo mais moderno sem deixar a veia Hard Rock de lado, e sua voz, está 85% de volta e a banda DETONA ao vivo, mas Axl continua chato demais, quando alguém joga alguma coisa no palco. Ele para o show, não importa se a música está no meio, e xinga quem jogou o artefato e as vezes dependendo de seu humor, o show acaba mais cedo.
E aqui cabe uma ressalva: como Robin Finck não toca mais no Nine Inch Nails, ele abandonou seu visual andrógino e hoje toca como um bom guitarrista de Hard faz!.
Só falta a banda lançar o cd novo, que infelizmente tá demorando demais, mas isso é um novo assunto pra um futuro post.
Fiquem em paz
Dave