

Irei dar a seqüência do meu post anterior.
SUPERMAN RETURNS
Fazia tempos que a Warner Bross queria reformar os filmes dos Super-Heróis Batman e Superman, afinal, os Heróis da Marvel estavam na ativa e com o sucesso do primeiro longa do X-Men e em seguida do Homem Aranha, já estava mais que na hora, dos personagens da DC Comics darem as caras na telona.
Na transição dos anos 70 para os anos 80, o diretor Richard Donner fez o primeiro longa metragem de Superman, após o sucesso dos seriados dos anos 40 e 50, do herói. Donner buscou um ator desconhecido para o público que futuramente se tornaria um super homem de verdade, o ator Christopher Reeve. A franquia durou 4 filmes, sendo que os dois primeiros, um complementado o outro. Os filmes seguintes foram histórias distintas e não obtiveram sucesso.
Assim como em Batman Begins, o título do novo filme do Superman foi Superman Returns e tal título mostra quase que explicitamente o direcionamento do filme, ao contrário do filme do homem morcego que começa tudo de novo, enquanto Superman continuava do ponto onde parou.
Desde os rumores sobre o filme do herói, começou uma busca sobre quem seriam os novos protagonistas, diretores e produtores do filme. Depois do roteiro aceito pela Warner Bross, a mesma contratou Brian Singer para o cargo de diretor, o homem que daria continuação à vida de Clark Kent.
Se teve um motivo para a Warner contratar Singer, esse motivo foi o simples fato de Singer ter trazido os mutantes do X-Men para o cinema e feito sucesso. Mas um único porém tiraria o brilhantismo da coisa, pois Singer teria que abandonar a direção de X-Men III. E foi o que ele fez. Algo que gerou quase um efeito borboleta, onde pequenas ações num lugar, refletiram drasticamente em outro.
Buscou-se então um novo Clark Kent, uma nova Lois Lane, um novo Lex Luthor e etc.
Assim como o desconhecido Christopher Reeve, o jovem Brandom Routh foi escolhido para o papel mais importante de sua vida, seguindo por Kate Bosworth como Lois Lane e o mestre (e único ator de classe do filme) Kevin Spacey. Posteriormente foram contratados James Marsden (Ciclope de X-Men), Eva Maria Saint, como Martha Kent, Frank Langella como Perry White e o garotinho Tristan Lake Leabu, como o fiho de Lois Lane (!!!???).
O elenco já começou mal, e a história parecia caminhar para o mesmo lugar.
Com exceção de Kevin Spacey, que já fez ótimos filmes, o elenco é fraco, muito fraco. Kate Bosworth teve como seu maior “sucesso” no cinema um filme de surf que passa na Tv Globo as vezes, pra fazer a verdade eu não sei o nome do filme em nossa língua, mas acho que se chama Uma Onda Perfeita, onde um grupo de garotas surfistas passam a férias num lugar de ondas sensacionais e no dia-a-dia elas trabalham e tem suas vidas amorosas. Um outro filme que ela fez é Além do Oceano, com o Kevin Spacey também como ator e diretor. O ator James Marsden, fez algumas pontas em seriados e seu papel de destaque é como o Ciclope nos X-Men, mas pelo fato das gravações dos dois filmes terem sido praticamente juntas, quem sofreu foi o Ciclope.
Aqui cabe um parêntese: Se Superman Returns ferrou com ele próprio, sacaneou o final da trilogia do X-Men, mas disso, falarei outro dia.
Quanto ao filme, Superman desaparece e fica 5 anos fora do ar, até que resolve aparecer quando um avião onde Lois Lane se encontra está em queda. Essa é a ÚNICA e melhor cena do filme, ainda que não se tenha nenhuma ação. O filme parece não render, e a cada minuto que se passa esperamos ansiosamente alguma cena cativante, poderosa, bem feita, algum diálogo entre Superman e Lex Luthor que faz sair faísca. Nada. Se alguém achou O Código DaVinci sem sal, assista Superman Returns.
A idéia de continuar a história de onde o segundo filme parou, foi muito interessante e bem-vinda, muito bem vinda, pois o filme tem todo aquele visual retrô dos anos 80, como os carros, as roupas, enfim, tudo parece que ficou estagnado no tempo. Embora isso tenha sido interessante o roteiro ainda esbarra com os filmes do passado (que são ótimos porque era coisa nova no mercado).
Portanto a idéia, já batida é a seguinte: Lex Luthor tem um plano mirabolante, consegue exercer tal proeza e o Superman se fode o filme inteiro e o que é pior, vemos o Homem de Aço internado num hospital com PARADA CARDIO RESPIRATÓRIA levando choque de DESFIBRILADOR. É demais pra minha cabeça.
Não sei se Smallville tem feito mal pra minha cabeça, mas sinto falta de um Lex Luthor mais sério e mais centrado, mais culto e inteligente (ainda que Kevin Spacey tenha se saído bem), uma Lois Lane mais macha, chata e intrometida e não uma boneca de porcelana que parou de fumar (e Lois Lane fuma, tem que fumar). Quanto ao Clark Kent/Superman Brandon Routh, o cara não tem culpa. Tentou copiar o Reeve, mas acho que ele ainda tem salvação.
O filme custou muito caro pra ser feito e não teve o retorno de bilheteria esperado, o que significa que o próximo filme terá menos orçamento. Quem sabe daí saia algo bom.
Ahh e me esqueci de falar do filho da Lois Lane...mas prefiro nem falar. Não quero antecipar o desgosto.
Mas ainda assim, o filme tem seus bons momentos: quando começa e quando termina. Sem sacanagem. É que como Brian Singer disse que ia manter os traços dos filmes anteriores, obviamente a abertura e o encerramento teriam que ser como nos finais dos filmes antigos, portanto, no começo temos aquela música que todos conhecemos, com os créditos do elenco e produção rasgando a tela deixando um rastro azul/vermelho e no final, quando Superman vai para o espaço, contorna o planeta Terra e dá um leve sorriso pra câmera. Essas coisas já valem o filme!
Batman (Re) Começa e Superman Retorna. Qual é o seu?
Fiquem em paz
Dave