Tudo que mais odeio

Olá amigos, como prometido segue aqui um texto que escrevi e para maior compreensão, leiam o post anterior!

Um ciclo vicioso é como um cachorro correndo atrás do próprio rabo. As coisas vão se repetindo até que a fita acaba para podermos virá-la do outro lado, para, novamente rodarmos de novo.

Não necessariamente, o lado A de uma fita é o meu lado bom. É o lado em que meu humor ajuda as pessoas na rua, é um lado de boas ações e intenções, mas como para toda regra há uma exceção, é um lado em que sou mais fraco, um lado onde há abusos de terceiros, um lado que as pessoas aproveitam de nossa boa vontade, lado esse, também conhecido como lado B.

O Mundo não teria graça, ou melhor, não faria sentido se todos nós rodássemos em A, e mudássemos juntos para B. Seria monótono demais. Um dia haveria bondade demais e no outro, guerras em demasia.

Passamos a vida ouvindo e dando as mesmas desculpas, quase sempre, ainda mais no que diz respeito a relacionamentos, que é onde eu vejo os maiores vícios, as maiores desculpas e as maiores falsidades.

Hoje, quase não há mais casamentos e os poucos corajosos que se aventuram por aí terminam num inferno de traições e mentiras. Mas e eu que estou solteiro? Seria mais fácil, então? Doce ilusão!

Conhecer pessoas é fundamental e necessário, ainda mais agora que o Mundo passa por crises e hoje, o chamado “Q.I” ajuda muito e neste decorrer, mulheres interessantes passam por nossas vidas. Mas eu quero matar todas elas, ou quase todas, vai.

Ando sem paciência, ando numa fase que coisas exteriores são minhas melhores amigas. E nada tem me dado mais prazer do que um papel e uma caneta, que resulta numa habilidade de escrever músicas, ou simplesmente esses textos. Nada tem me dado mais prazer do que minha bateria, onde descarrego minhas energias e às vezes um pouco de raiva, pois a música é uma grande terapia, acreditem! Nada me dá mais prazer do que ler. Preciso usar tudo que Deus me deu e a habilidade de imaginar o que acontece dentro de um livro é indescritível.

Pareço solitário? Você que me deixa assim.

Sempre caio nas mesmas ladainhas e pareço não aprender, mas ainda assim, eu digo “isso não vai mais acontecer”.

Fico na minha, procuro manter meus pés ao chão, mas você me enlouquece, massageia meu ego, a ponto de eu querer pensar “ah, essa é diferente” e isso faz com que eu queria corresponder todo esse bem que você tem feito. Esse bem que tem aquele fundo de maldade (coisa que só o pato aqui descobre depois), como um lobo disfarçado em pele de cordeiro.

Quem não gosta de acordar ou dormir lendo uma mensagem carinhosa no celular, ou um recadinho no Orkut, ou aquele e-mail que chegou ao fim da tarde? E aquela ligação despretensiosa “apenas para saber se você está bem”?

Mas aí, quando tudo começa a ir bem, a fita é virada para o lado B e primeiro, começam as desculpas e depois as atitudes.

“Viajei e esqueci meu celular em casa”; “estou sem crédito”; “desculpe, mas encostei no sofá e dormi a noite inteira”; “meu computador está arrumando e no trabalho bloquearam os e-mails”.

Tudo bem, as vezes essas desculpas possuem álibis verdadeiros, mas a pior coisa do Mundo é a famosa frase: “precisamos conversar” e o texto abaixo é a forma mais quadrada possível, que inclusive, possui modelos de graça na internet:

“Ai, sabe o que é? Acho que você ta confundindo as coisas. Mas o problema não é você, sou eu” (nota: isso realmente mata, de verdade). “Você é muito legal, gatinho, inteligente, divertido, mas você tem levado as coisas pra um lugar onde não posso ir, pois eu não sou assim. Eu não mereço uma pessoa assim como você. Não estou à sua altura e isso não é legal pra você. Gosto muito de você, mas eu irei te magoar e isso eu não quero”.

Aí, quando você encontra a paz e volta a se sentir bem consigo mesmo, o celular está carregado até para locais onde não funciona (e com baterias extras!!!), a conta passa a ser pós-paga, o computador volta do conserto e o serviço libera tudo, inclusive o Orkut:

“Olá! Espero que esteja tudo bem.”; “Oie, você sumiu”; “Oie, blá blá blá”; “Oie, ti ti ti, ta ta ta”. E após algumas tentativas sem sucesso, vem o golpe de misericórdia, apenas para te lembrar que ela mais uma vez te venceu: “Porra, você não tá nem aí pra minha amizade, né? Se soubesse que você era assim não teria perdido meu tempo tentando ser sua amiga”.

Mas eu tenho caráter e acima de tudo, sou educado e tenho respeito, portanto, não a respondo com aquele delicado jeito que alguns rinocerontes responderiam, sem contar na quantidade incrível de palavrões que aprendi durante toda minha existência. Mas também, poderia usar dos meus sarcasmos, minhas ironias e entrelinhas, que com certeza um ser com cabeça de azeitona como aquele não entederia.

Aí fico pensando: “se sou tão bom assim, cadê meu valor?” e aí penso naquela música do Green Day, “Nice Guys Finish Last”, ou penso em frases famosas da humanidade como “só sei que nada sei” ou “só sei aquilo que vejo”.

Sei que a outra metade está escondida numa laranja, mas essa laranja tem que vir sem bichos e muito menos sem agrotóxicos, pois esses mesmos agrotóxicos te previnem do bicho, mas não te previnem do veneno...

E como disse Maquiavel, o homem tem que ser raposa, mas também tem que saber ser lobo e meu lado A está no fim e logo estarei no lado B e certamente lerei esse mesmo texto em algum lugar com um nome feminino assinando embaixo.

E o cachorro, sim, ele continua correndo atrás do rabo e o Mundo gira, da mesma forma, assim, para todo o sempre.

Fiquem em paz!